Saia da Caverna

Dê valor aos bons momentos!

Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.

(Amyr Klink)

Esses dias descobrimos um lugar muito perto e que nunca tínhamos notado.

Foi diferente do que a maioria de nós estava acostumado, não fomos à praia ou a uma outra cidade fazer compras no shopping.

A semana parecia não passar, de tanta ansiedade que estávamos por explorar um ambiente novo e desconhecido.

Juntamos os amigos e fizemos nossas mochilas, com tudo que iríamos precisar.

A viagem foi animada, com muita música e histórias, planos para o que iria vir a seguir.

Chegamos, nos acomodamos e fomos explorar a beleza do lugar.

E que beleza!

Um canyon de cacheiras, poços fundos e muita água, com pedras de todas as cores e formatos, grutas e uma vegetação exuberante nos paredões de pedra que cercavam o caminho pelo qual a água tinha esculpido ao longo de séculos. O céu estava límpido e radiante, cheio de nuvens com formatos engraçados.

Começamos a explorar cada caminho e lugar que pudéssemos escalar.
Muitas pessoas poderiam simplesmente ir até o final das várias cachoeiras pelo caminho de pedras e voltar dizendo que viram todas, mas nós não.
Nós aproveitamos cada cachoeira, cada poço fundo, cada pulo de uma pedra alta e também cada escorregão que alguém tomava.

E como escorregamos naquelas pedras limosas!

Mas o engraçado é que ninguém parecia se importar com isso, pois ríamos da própria beleza de cair na água após tentar andar sobre uma pedra sem sucesso. Era gostoso sentir a água amortecendo a queda.

A cada novo ambiente que íamos descobrindo com a visão, uma história era contada e gravada em nossa mente para sempre.

Ao final do dia, descíamos todo o caminho rumo ao acampamento para relaxar jogando um baralho, dando risada e comendo bastante. Afinal, aventuras dão fome!

No outro dia fizemos tudo de novo, explorando além do que tínhamos no dia anterior.

A viagem de volta foi igualmente sensacional, estávamos cansados e sujos, mas dava pra ver o brilho nos olhos de todos de que a alma estava serena e limpa após um contato tão gostoso e proveitoso com a natureza. 

É um sentimento que não dá para explicar somente com histórias e fotos, você tem que ir até lá e conferir para entender.

Posso dizer que a viagem provavelmente não seria a mesma se não estivéssemos com os bons amigos aproveitando junto. Qualquer programa, por mais simples que seja, feito com as pessoas que amamos, é milhões de vezes mais gostoso do que ir até o lugar mais bonito do mundo com companhias com quais não temos essa ligação forte.

Meu conselho a todos, juntamente com Amyr Klink, é que reserve sempre um tempo a si para viajar, explorar o mundo e expandir os horizontes físicos do mundo e da sua mente. Por menor que seja o tempo que dispõe, não disperdice-o com televisão aos domingos, fofocas na internet ou outras coisas que possa fazer a qualquer momento. Agarre as oportunidades de planejar, descobrir e aproveitar os cantos desse mundo!

Muitos podem discordar quando digo que prefiro ficar uma semana acampando em uma barraca desconfortável, tomar banho de rio e encontrar animais selvagens... do que passar um dia em um hotel luxuoso 10 estrelas. 

Aproveitem a vida! Gastem seu tempo e dinheiro com as pessoas que amam, aproveitando as experiências junto com elas e tendo várias histórias maravilhosas para contar, de lugares misteriosos, belos e que lavam a alma de qualquer preocupação! Aproveitem cada gota do lugar em que forem e também das histórias que irão ouvir.

(R13@5)